Soltura de presos com mais de 4 toneladas de maconha completa uma semana no RS

Até o momento, nenhum suspeito se apresentou à Polícia

Foto: Divulgação/BM

A Polícia Civil mantém as buscas a seis homens flagrados com mais de quatro toneladas e meia de maconha, na semana passada, na Travessa Doutor Heinzelmann, bairro Navegantes, na zona Norte de Porto Alegre. Nycollas Carvalho de Souza, Fabrício Santos Raulino, Jeferson Chiabotto Moreira, Emerson Daniel Bento da Silva, Marcio Paulo Trindade e Luciano Carvalho Junior foram soltos, dois dias após o flagrante, pela juíza Lourdes Helena Pacheco da Silva. O grupo alegou violência policial durante a prisão e acabou liberado, sob medidas cautelares, como apresentar endereço fixo e não se afastar da cidade sem autorização judicial. Há uma semana, porém, o paradeiro do grupo é incerto.

De acordo com a delegada Caroline Jacobs, da 2ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (2ªDNIN) do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) os seis passaram à condição de foragidos, já que, menos de duas horas após a soltura, a juíza Vanessa Gastal de Magalhães renovou, a pedido do Ministério Público, as ordens de prisão preventiva.

Conforme a delegada, nenhum advogado entrou em contato, até o momento, comunicando a intenção dos suspeitos de se entregar. Caroline disse não acreditar que o grupo vá se apresentar espontaneamente. Como o grupo segue solto, o inquérito pode ser concluído dentro de três meses.

O diretor do Denarc, delegado Vladimir Urach, reiterou hoje que a soltura dos suspeitos atrapalha o trabalho da Polícia Civil, que se obriga a fazer o “trabalho dobrado”. Para Urach, o departamento não concorda, mas respeita a decisão da juíza que liberou o grupo. Quando questionado sobre a possível agressão que os suspeitos dizem ter sofrido pela Brigada Militar, o delegado salienta que a questão precisa ser verificada e esclarecida pela Corregedoria, mas não invalida o crime cometido, de tráfico de drogas.

Urach acrescentou que tudo leva a crer que as 4,6 toneladas de maconha apreendidas pertenciam a um “consórcio de traficantes” e eram destinadas à distribuição em cidades da região Metropolitana. “Em três ou quatro anos, não lembro a última vez em que apreendemos tamanha quantia de maconha”, completou o delegado.