Homem que executou jovem dentro do Salgado Filho é condenado a 26 anos de prisão

Diego da Silva Severo deve cumprir pena em regime fechado e não vai poder apelar em liberdade

Foto: Guilherme Testa/Correio do Povo

A Justiça de Porto Alegre condenou hoje, a 26 anos e 15 dias de prisão em regime fechado, o autor de uma execução ocorrida dentro do Aeroporto Internacional Salgado Filho. O réu não vai poder apelar em liberdade. Diego da Silva Severo, de 28 anos, respondeu pelos crimes de homicídio simples, tentativa de homicídio, corrupção de menor e receptação. Em 19 de setembro de 2016, ele executou Marlon Roldão Sores, de 18, no Terminal 2 do Salgado Filho.

A juíza Taís Culau de Barros levou em conta a atitude do réu na cena do crime. Na sentença, ela citou a “total desconsideração e destemor” com as regras de convivência, já que o crime ocorreu em um local equipado com câmeras e de circulação intensa de pessoas. A magistrada considerou, ainda, que o crime não teve motivação suficientemente esclarecida. A denúncia do MP cita rixa entre facções, além de fundo passional.

Severo ingressou no saguão do aeroporto já observando a vítima e aguardando o momento certo para o crime. O réu disparou à queima-roupa, com o jovem de costas, sem chance de se defender. O crime ocorreu no fim da manhã, em um momento em que o saguão antigo do Salgado Filho reunia centenas de torcedores gremistas, esperando a chegada do técnico Renato Portaluppi.

A vítima, acompanhada do padrasto e de dois amigos, tinha voo marcado para o Espírito Santo, a fim de visitar a avó. Roldão levou 18 tiros, segundo a investigação. Severo ainda baleou um amigo dele. Um adolescente atuou como cúmplice, ajudando o réu a fugir.