PF diz que presença de mulheres e crianças em fuga de criminosos era “inimaginável”

Responsável por plano cumpria prisão domiciliar; duas pessoas morreram em confronto

Chefe da PF gaúcha ressaltou a violência dos criminosos | Foto: Gustavo Chagas/Rádio Guaíba

A neblina e o uso de película nos vidros dos veículos prejudicaram a identificação dos criminosos que furaram uma barreira policial em Cristal, no Sul do Estado, às 23h30 desta terça-feira. Duas mulheres morreram na troca de tiros entre o bando e agentes da Polícia Federal. Uma criança foi baleada e ficou ferida gravemente. Uma das vítimas fatais era esposa do criminoso responsável pelo plano de fuga. Segundo o superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, Alexandre Isbarrola, o suspeito usou familiares para empreender a fuga. “Isso serviu talvez para dar uma aparência de legalidade, de que era uma família em deslocamento”, afirmou.

O líder do comboio cumpria pena de prisão domiciliar e respondia por duas tentativas de homicídio e um caso consumado. O homem também foi baleado e está sob custódia da Polícia Federal.

A corporação monitorava o grupo desde 6 de julho. Os trabalhos de inteligência davam conta de que membros da quadrilha tentariam resgatar assaltantes que estariam escondidos desde o assalto a um banco de Dom Feliciano. O chefe da PF gaúcha ressaltou a violência dos criminosos. “Eles estão dispostos a tudo, a matar e a morrer”, avaliou Isbarrola.

O cerco policial prossegue atuando na região. Outros veículos faziam parte do comboio de fuga dos criminosos. A Polícia Federal não confirmou se ainda há membros da quadrilha soltos. Os investigadores apreenderam armas em um dos carros. As mulheres mortas foram identificadas como Aline Schmidt Pirola e Daniela Weinsmann.  O menino ferido em estado grave está internado no Hospital de Pronto Socorro, de Porto Alegre.