Trabalhadores da Saúde em Canoas decidem entrar em greve a partir de quarta

Paralisação deve continuar, por tempo indeterminado

Trabalhadores temem o não recebimento pelos direitos trabalhistas | Foto: Fernanda Bassôa / Especial / CP

Após um protesto, na manhã de hoje, trabalhadores da rede de Saúde de Canoas, na região Metropolitana, confirmaram, em assembleia, durante a tarde, que vão paralisar as atividades, por tempo indeterminado, a partir de quarta-feira. Os 347 funcionários devem ser desligados dos cargos, em 31 de julho, em função do fim do contrato das prestadoras que os empregaram com a Prefeitura. O grupo, ligado à Associação Beneficente de Canoas (ABC) e à Associação São Miguel, teme o não pagamento integral das rescisões trabalhistas e a falta de depósito do FGTS. Os profissionais exercem serviços médicos, de enfermagem, administrativos e de higienização em 27 Unidades Básicas de Saúde, oito farmácias e três UPAs da cidade.

No início do mês, o diretor jurídico da Associação São Miguel, César Luis Baumgratz, explicou que, em 2013, o Município celebrou contrato de prestação de serviço com cinco anos de prazo, já prorrogado, por mais um, em 2018. Já a Prefeitura de Canoas informou que o encerramento do contrato ocorre por determinação da Justiça, depois que o Ministério Público Federal (MPF) apontou que ele era irregular, em diversos itens. No processo, foram notificados ex-gestores municipais, que atuaram no mandato anterior.

O Executivo esclarece, ainda, que vem buscando evitar prejuízos à população, tanto que já encaminhou novas licitações para a substituição do contrato a partir de agosto.