Eduardo Leite espera resolver situação de presos em viaturas até o final do ano

Estado estima abrir 2 mil vagas até o final de 2020, para aliviar déficit prisional

Governador se disse confiante na solução do problema de presos em viaturas | Foto: Gustavo Chagas/Rádio Guaíba

O Palácio Piratini apresentou, nesta segunda-feira, ações estratégicas para o combate à violência no Estado. O ato marcou os 120 dias de vigência do programa RS Seguro. A iniciativa tem como foco o combate ao crime, a promoção de políticas sociais de prevenção e o atendimento ao cidadão; além do sistema prisional, um dos pontos mais delicados na área da segurança. O governador Eduardo Leite disse esperar que, até o final do ano, a situação dos presos em viaturas e delegacias esteja resolvida. “Estamos confiante que, dentro do segundo semestre, vamos erradicar esse problema”, afirmou.

Atualmente, o Rio Grande do Sul tem um déficit de 16.693 vagas em penitenciárias. O governo espera criar 2.170 delas até o final de 2020 nas cidades de Bento Gonçalves, Sapucaia do Sul, Canoas, Alegrete e Guaíba. Outros 1.375 leitos são estimados para abrir a médio prazo. Além disso, devem ser instaladas 5 mil tornozeleiras eletrônicas até o final do ano.

No evento, o governador ainda assinou decretos para a criação de batalhões de choque da Brigada Militar em Caxias do Sul e Pelotas. O ingresso de 2 mil agentes na corporação permitirá que as cidades do estado tenham um número mínimo de policiais em atuação. Leite ressaltou a importância da medida “para dar aquela resposta do pronto emprego naquelas situações necessárias”, citando ataques a banco. Foi criada ainda uma Divisão de Combate à Corrupção, vinculada ao Departamento Estadual de Investigação Criminal na Polícia Civil.

O vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, também expôs detalhes da implantação das Áreas Integradas de Segurança Pública em 18 cidades gaúchas. Foram escolhidos municípios populosos e com elevadas taxas de homicídio.

As chamadas AISPs devem afinar o trabalho em conjunto entre a Polícia Civil e a Brigada Militar. Canoas será a primeira contemplada com a iniciativa. Na sequência, virão Gravataí, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Sapucaia do Sul, Esteio e São Leopoldo. Já em 2020, ingressarão no projeto os municípios de Alvorada, Rio Grande, Cachoeirinha, Tramandaí, Passo Fundo, Viamão, Guaíba, Porto Alegre, Pelotas e Santa Maria.