Auditoria federal para a retirada da vacina contra a febre aftosa no RS será em setembro 

A auditoria do Ministério da Agricultura (Mapa) para averiguar as condições sanitárias do Rio Grande do Sul para a retirada da vacina contra febre aftosa está prevista para o início de setembro de 2019. A data foi anunciada em audiência pública realizada nesta quinta-feira (11/7), pela manhã, na Assembleia Legislativa do RS, com a presença de dezenas de representantes de entidades do setor agropecuário da Capital e do Interior.
Os últimos focos de febre aftosa no Estado ocorreram em 2001, na fronteira com o Uruguai. “Nós estamos fazendo um trabalho permanente de prevenção”, afirmou a fiscal estadual agropecuária Rosane Colares, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura (Seapdr). De acordo com a técnica, a vacina é uma ferramenta importante, mas está associada a outras ações, entre elas o controle de trânsito e a vigilância a campo, atividades que são atribuição da fiscalização agropecuária.
“Temos um trabalho de mobilizar os servidores para este importante momento que estamos vivendo. Vamos trabalhar arduamente na valorização da atividade de fiscalização agropecuária e da defesa sanitária animal”, disse o presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro), Antonio Augusto Medeiros. Ao lembrar a importância da atividade e da evolução do status sanitário para o Estado, o dirigente ressaltou que os recursos destinados à defesa animal precisam ser vistos como investimento, e não como custo.
“Defesa agropecuária é saúde, é desenvolvimento”, destacou o deputado Rodrigo Lorenzoni, proponente da audiência, ressaltando que a necessidade de retirada da vacina é consenso. Entre os encaminhamentos, ficou acordado que, ao longo deste ano, será realizado um debate técnico permanente de acompanhamento e busca das condições necessárias para retirada da vacina contra febre aftosa no Estado. Também foi definido que após o resultado da auditoria do Mapa haverá uma nova audiência.
O veterinário Bernardo Todeschini, superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, destacou que a discussão sobre a retirada da vacina faz parte do Plano Estratégico do programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa, que prevê, entre outras medidas, a mudança de status sanitário de todo o país. Lembrou que, para o Estado ser livre da doença sem vacinação precisa estar há 12 meses sem vacinar.