Levantamento mostra que Santa Maria tem 238 focos do Aedes aegypti e segue com risco de epidemia

Prefeitura do município faz alerta para conscientização da população acerca do mosquito

Foto: Arquivo Palácio Piratini

A cidade de Santa Maria segue em situação de risco para epidemia de circulação viral – quando não se tem o vírus circulando – causada pelo Aedes aegypti. É o que mostram os dados divulgados pela prefeitura. Segundo o Levantamento do Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) de 2019, de 2 de maio a 18 de junho, foram encontrados 238 focos do mosquito, distribuídos em 41 bairros da região.

Apesar da intensificação de ações de combate à infestação, a Prefeitura espera contar com a conscientização da população. “Mesmo com todo o trabalho em escolas e postos de saúde diretamente com as comunidades, ainda encontramos resistência de moradores em colaborar com as ações para prevenir a infestação do mosquito. A população deve ficar ainda mais atenta porque estamos tendo um ano atípico em função de os dias mais frios terem chegado com atraso. As temperaturas altas fazem com que o inseto se reproduza mais. Por isso, os focos tiveram aumento”, explica o coordenador técnico de campo da Vigilância Ambiental em Saúde Denoid Mezeck.

Para a realização deste segundo levantamento, foram inspecionados 3.110 imóveis, sendo o bairro Camobi, na região Leste, com o maior número de focos, seguido do bairro Juscelino Kubitschek e Nova Santa Marta, localizados na região oeste do município. Do total de criadouros do Aedes aegypti, 38,7% estão em depósitos móveis, como vasos e pratos de plantas, bebedouros e depósitos de construção, e 23,8% em resíduos, como sucatas em pátios e ferros velhos.

Uma equipe de 17 agentes da Prefeitura, em parceria com a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, trabalha na eliminação dos focos, principalmente nos pontos estratégicos, que são locais que acumulam água independentemente do clima, como cemitérios e borracharias. “Atualmente, trabalhamos nos pontos estratégicos a cada 15 dias, com visitas e captura de larvas e pupas, no tratamento, com larvicida nos recipientes que não são descartados, como tonéis para armazenamento da água da chuva, e na eliminação dos criadouros. Também atuamos na verificação de denúncias da Ouvidoria do Município, pelo telefone 156, além de atividades educativas”, explica Mezeck.