Com temor do setor vitivinícola, presidente do BNDES vem ao RS para detalhar acordo com União Europeia

Agenda com Gustavo Henrique Moreira Montezano é prevista para agosto

Foto: Hoana Gonçalves/Ministério da Economia

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), engenheiro Gustavo Henrique Moreira Montezano, vem ao Rio Grande do Sul, em agosto, para esmiuçar os pontos do acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a União Europeia. A intenção de Montezano é esclarecer pontos que geraram apreensão para o setor vitivinícola.

A vinda do presidente do BNDES é confirmada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ruy Irigaray. A data da visita ainda precisa ser definida. Conforme o secretário, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ajudou a fechar a agenda com Montezano.

Enquanto alguns setores festejaram o acordo com os europeus, a cadeia leiteira e vitivinícola entrou em alerta. De acordo com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), a entrada de bebidas da Europa vai colocar ainda mais em xeque a cadeia vitivinícola gaúcha, que já compete com os produtos chilenos, argentinos e importados, que detêm juntos 90% do consumo no Brasil.

Atento as reivindicações do setor, o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, também se reúne com o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, para debater os impactos do setor, no próximo dia 16. “O acordo vai afetar extremamente, em um prazo de dez anos, nossos fortes setores de agroindustrialização, como vinho e leite. A grande diferença é que o europeu financia o produtor rural, com um subsídio altíssimo, enquanto aqui no Brasil isso não existe”, compara Perius,

Bolsonaro também pode vir ao RS

O presidente Jair Bolsonaro também pode vir ao Rio Grande do Sul, em agosto, após o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ter feito convite para que o capitão da reserva participe da liberação de trechos da duplicação da BR-116, na metade Sul.

A agenda está prevista para o dia 2. A previsão é de que os 47 quilômetros sejam entregues em agosto. As obras de duplicação da rodovia, sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), estão divididas em nove lotes e vão custar mais de R$ 1,2 bilhão.