A mortandade de gatos e cães em Campo Novo, cidade de cerca de 5 mil habitantes, no Noroeste gaúcho, é investigada pela Polícia Civil. Nos últimos sete dias, morreram 28 animais, sendo seis nesta quinta-feira. Os registros ocorreram tanto na cidade quanto na zona rural, o que revolta a população.
O delegado de Polícia Vilmar Schaefer, que comanda o inquérito, disse que já existe um suspeito de ter praticado o extermínio. “Estamos dando prioridade a esse caso, pois existe a efetiva possibilidade que tenha sido utilizado o pesticida estricnina, que é altamente tóxico e cuja venda é proibida”, disse.
Schaefer citou, ainda, as consequências para as pessoas da utilização do veneno. “Se for confirmado que a morte é em decorrência do uso de estricnina, nota-se que é um psicopata que está fazendo isso”, afirmou.
Ele explicou que, caso se confirme o envenenamento, a pessoa vai ser indiciada por prática de maus tratos, ferir ou mutilar animais, devendo ser aplicada pena de três meses a um ano de detenção, além de multa. A pena pode ser aumentada em um sexto a um terço, já que os animais morreram.
O secretário do Meio Ambiente de Campo Novo, Leandro Dorneles, informou que o laudo pericial sobre a morte de um dos cães é elaborado pelo laboratório da Unijuí, em Ijuí. “O resultado dos exames deve ser conhecido na próxima semana”, afirmou.
A direção da ONG Olhos que Falam, de Campo Novo, disse que aguarda o resultado dos exames e do trabalho da Polícia. A presidente da ONG, Tamara Correa Gonzatto, salienta que não apenas animais de rua foram mortos, mas também de estimação: “É inadmissível que pessoas façam uma coisa dessas”.