Procurador recomenda que TRF4 aumente pena de Lula no caso do sítio

Ex-presidente recebeu pena de 12 anos e 11 meses em primeira instância

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP Memória

O procurador regional da República da 4ª Região, Mauricio Gotardo Gerum, recomendou ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, que aumente a pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação penal que envolve as reformas do sítio Santa Bárbara, em Atibaia. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

O petista recebeu pena de 12 anos e 11 meses de prisão, imposta pela juíza federal Gabriela Hardt, e vai ter o recurso julgado pela Corte, em segunda instância, possivelmente ainda no segundo semestre. Ele é sentenciado pelos supostos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O parecer de Gerum é mais um passo para que Lula seja julgado novamente pelo TRF. Ele é o procurador responsável pela análise de recursos da Lava Jato.

Ao sentenciar Lula, a juíza Gabriela Hardt levou em consideração o custeio pela OAS e pela Odebrecht de obras de R$ 1 milhão no sítio, que é de propriedade de Fernando Bittar. Gerum recomendou, em parecer, que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região também o sentencie pelo crime de corrupção passiva em decorrência das reformas realizadas pelo pecuarista José Bumlai, que é amigo de Lula, no sítio de Atibaia.

Ainda de acordo com o Estadão, Gerum sustenta, no pedido de aumento da pena, que “o projeto de poder [de Lula] envolveu a manipulação da democracia”. “Para além de seus benefícios pessoais, usou do cargo máximo da nação para coordenar e dar suporte a um esquema que desvirtuou o sistema eleitoral, tudo a garantir que os partidos próximos ao governo fossem constantemente irrigados com dinheiro da Petrobras”, afirmou.