Operação Pulso Firme: MP gaúcho pede que 17 presos transferidos sigam no sistema federal

Nove deles cumprem pena no Presídio Federal de Porto Velho (Rondônia), sete em Campo Grande (Mato Grosso do Sul) e um em Mossoró (Rio Grande do Norte)

O Ministério Público encaminhou, nessa terça-feira, os pedidos de renovação da transferência de 17 presos para o sistema carcerário federal. Foram enviados 12 pedidos para a Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre, quatro para a de Novo Hamburgo e um para a Vara Criminal de Canoas.

Os presos são os mesmos que foram transferidos pela Operação Pulso Firme, ocorrida em 2017. Atualmente, nove detentos cumprem pena no Presídio Federal de Porto Velho (Rondônia), sete em Campo Grande (Mato Grosso do Sul) e um em Mossoró (Rio Grande do Norte).

O procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, salienta que “a prorrogação se justifica em virtude da redução da criminalidade na área de atuação de cada um dos presos a partir da remoção”.

Para o coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal e de Segurança Pública, Luciano Vaccaro, a continuidade desses 17 presos no sistema federal é importante para a manutenção da queda dos índices de homicídios no Rio Grande do Sul.

Em julho do ano passado, o MP solicitou a renovação da transferência de 24 presos ao Judiciário gaúcho. Em primeira instância, a Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre negou o pedido a 17 presos, decisão que acabou revertida pelo Tribunal de Justiça, após o órgão recorrer.

Operação Pulso Firme

A Operação Pulso Firme desencadeou a transferência de 27 presos ligados ao crime organizado para o sistema penitenciário federal em 28 de julho de 2017. A maioria cumpria pena na Cadeia Pública de Porto Alegre (antigo Presídio Central) e na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas.

Mais de 3 mil agentes de diversos órgãos e instituições participaram da ação. Os pedidos de transferência foram feitos por promotores de Justiça de todo o Rio Grande do Sul, com a articulação da Procuradoria-Geral de Justiça.