O “Tá na Mesa” desta quarta-feira, promovido pela Federasul, recebeu mais um debate sobre a reforma da Previdência. Nove lideranças partidárias estiveram presentes no encontro debatendo o tema central da política brasileira no primeiro semestre de governo Jair Bolsonaro. Participaram do almoço representantes do MDB, NOVO, PDT, PP, PSB, PSDB, PSL, PT e PTB.
A presidente da entidade, Simone Leite, abriu a mesa-redonda defendendo a reforma, e apontando a necessidade de incluir estados e municípios no texto. “Nós convidamos os presidentes dos partidos porque nós acreditamos na instituição (partido político)”, defendeu Simone, acrescentando que entende que “a reforma não traz prejuízos aos trabalhadores.”
Vanderlei Pompeo de Mattos, deputado estadual e presidente estadual do PDT, afirmou que não é contrário a uma reforma, mas que a sigla se opõe à proposta como está posta. “Exagerou na maneira de fazer. É a história do remédio e do veneno: em pequenas doses, veneno é remédio, e vice-versa. E na ânsia de dar um remédio pra previdência, deram uma dose tão alta que envenenou.” Pompeo ainda apontou que os principais atingidos serão os que recebem menos, e que “essa conta não pode ser do povão”.
Para Pepe Vargas, deputado estadual e presidente do PT no Rio Grande do Sul, o atual projeto de reforma “desmonta o sistema de seguridade e ela sequer garante estabilidade ao sistema previdenciário”. Também questionou o chamado sistema de capitalização e o custo da implementação desse processo. “Essa é uma proposta horrorosa, que retira direitos; 80% do que ele quer tirar ele tira dos mais pobres”, ponderou. Também reforçou que os governos petistas realizaram modificações no sistema previdenciário.
Valdir Pereira, da diretoria executiva do PSL gaúcho, afirmou que a sigla no Estado apoia integralmente o projeto do presidente Jair Bolsonaro. “O deputado Nereu Crispim é totalmente favorável à reforma, bem como todos os representantes do partido pelo país”, garantiu. Ainda reforçou que o partido trabalha para “tirar o Brasil do buraco”. Questionado sobre pontos polêmicos, disse que acredita em alterações no projeto como um todo.
