Ofertando mais operacionalidade e melhor controle da população carcerária, a Cadeia Pública de Porto Alegre inaugurou hoje uma nova sala de monitoramento. De acordo com o diretor, tenente-coronel Carlos Magno da Silva Vieira, a ampliação da Agência Local Especial de Inteligência (Alei) decorre da liberação de R$ 38 milhões, pelo Poder Judiciário. “Ampliamos a estrutura física e conseguimos fazer um sistema de videomonitoramento com 39 câmeras”, explica. Elas foram dispostas em vários pontos não visíveis.
Magno detalha que cada unidade permite aproximar o foco do fato a ser observado. Os aparelhos estão localizados na área externa e interna da cadeia. “Temos uma visão de 360 graus, com isso melhorou a capacidade da equipe de inteligência para fazer um levantamento das ações, não só em nível de cadeia, mas de Estado. Temos dado apoio para outras unidades, além da Brigada Militar, Polícia Civil e órgãos de segurança num todo.”
Antes do projeto ser apresentado à Vara de Execuções Penais e Penas Alternativas, a sala tinha 30m² e havia sete câmeras instaladas na unidade. Hoje o espaço físico passou para 75m². “Tivemos colaboradores para a ampliação da estrutura, através de pessoas que doaram materiais de construção”, salientou.
O novo sistema possibilita o armazenamento das imagens captadas por até 20 dias, com maior definição, o que ajuda na identificação dos presos que venham a cometer eventuais transgressões disciplinares.
Na Alei, funciona a seção de inteligência, que mapeia presos e lideranças que, em tese, possam ter alguma influência na estrutura do crime. Os equipamentos também contribuem para a redução do lançamento de objetos, drogas e outros itens por intermédio de drones. Pelas imagens, os policiais já conseguiram interceptar arremessos de drogas e celulares.