O Inter acumulou um déficit de R$ 33 milhões nos primeiros quatro meses do ano. Estranhamente, porém, o resultado, que tinha tudo para ser motivo de lamentações, foi comemorado pelos dirigentes ao ser apresentado em reunião do Conselho Deliberativo na noite dessa segunda-feira. E há uma explicação para isso.
“Estamos muito felizes. O primeiro quadrimestre é sempre o pior do ano. Nos dois seguintes, o clube busca a recuperação. Estamos melhores do que nós orçamos para o período”, enfatiza o 1º vice-presidente Alexandre Chaves Barcellos.
Segundo os números apresentados aos conselheiros, o déficit projetado seria de R$ 50 milhões. Ou seja, o Inter teve um prejuízo R$ 17 milhões menor do que o orçado nesses meses.
Conforme o dirigente, o resultado melhor no período deve-se à entrada de cerca de 3 milhões de dólares em premiações da Libertadores e também a um trabalho de redução de despesas que já economizou R$ 12 milhões ao longo dos dois primeiros anos da gestão Medeiros.
Chaves Barcellos salienta que o orçamento, aprovado no ano passado, prevê déficit de R$ 12 milhões em 2019. Para chegar a esse número, porém, o clube terá que arrecadar R$ 60 milhões vendendo jogadores.
Até agora, já negociou Eduardo Henrique, arrecadando 1,5 milhão de euros, e está próximo de fechar a venda de Iago. “Tudo vai depender das vendas que foram feitas e também da colocação em que vamos acabar o Brasileirão (devido à premiação), mas estimamos que o ano termine melhor”, finaliza Chaves Barcellos.