Palestra aborda avaliação de medidas de intervenção de febre aftosa

A avaliação de medidas de intervenção de febre aftosa em região livre da doença, projeto de pós-doutorado desenvolvido no Uruguai, foi o tema de palestra apresentada na manhã desta segunda-feira, pelo professor da UFRGS, Luis Gustavo Corbellini. O encontro, que ocorreu no auditório da superintendência do Ministério da Agricultura (Mapa/RS), em Porto Alegre, reuniu cerca de 30 pessoas, entre fiscais estaduais agropecuários da Secretaria da Agricultura (Seapdr) e auditores fiscais do ministério.

“Podemos começar a pensar na viabilização de estratégias de notificação e de comunicação”, avalia Corbellini. No total, a pesquisa ranqueou 26 medidas. Para avaliar quais são mais efetivas, destacou a importância de considerar a eficiência, que implica no menor custo, e a eficácia, que significa cumprir um objetivo. O pesquisador ressaltou, ainda, que a decisão é baseada multicritérios. O agrupamento de variáveis do modelo conceitual considerou critérios de vigilância e critérios econômico-sociais.

Entre os principais grupos de medidas apresentados, está a indenização, a comunicação e a educação, e a atividade de análise de dados e suporte de decisão. Considerando as realidades semelhantes entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai, o estudo poderá ser adaptado ao Estado. “Precisamos discutir sobre como aplicar este sistema aqui”, avalia o pesquisador.

“Além de avaliarmos as questões relacionadas à atividade de vigilância, é importante considerar outros pontos como a questão da indenização e a percepção dos produtores com relação ao serviço oficial. São desafios que quebram alguns paradigmas dos programas de controle em saúde animal”, pontua o presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários (Afagro), Antonio Augusto Medeiros. Neste contexto, o dirigente ressalta ainda a necessidade de valorização da atividade.

“Entendemos que esta troca de informações é muito importante. O Rio Grande do Sul tem trabalhado este assunto e parte do que foi feito lá, já foi feito aqui”, avalia o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, sobre o debate após a apresentação da palestra.