As composições da Trensurb seguem atendendo em número menor, no início da tarde desta sexta-feira, em função da Greve Geral convocada pelas centrais sindicais contra a reforma da Previdência.
De acordo com a empresa, há oito trens à disposição dos usuários, circulando com intervalo de 15 minutos entre as viagens. Em dias comuns, 12 trens atendem nesse horário, de 10 em 10 minutos.
Das 17h às 19h, a Trensurb espera que os trens circulem de oito em oito minutos, o que não cobre todo o segundo horário de pico do dia, que vai até as 20h30min.
A companhia entende que, no início da manhã, os metroviários já descumpriram a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) que estabelecia 50% das composições circulando.
A empresa também informou que segue sem efetivo para atender nos guichês de venda de bilhetes, em função da adesão da categoria à Greve Geral. Com isso, o usuário passa pelas catracas sem pagar a tarifa.
Os trens voltaram a operar, perto das 7h40min desta sexta. Desde as 5h, as estações permaneciam fechadas devido a protestos de manifestantes, que invadiram os trilhos.
Multa
Em outra decisão judicial, a estatal obteve decisão favorável, ainda na tarde de ontem. A sentença proibia, justamente, a invasão de trilhos e estações, além de vetar a proibição de venda de bilhetes e a liberação das catracas, durante o dia de paralisação.
A decisão, da juíza do Trabalho Luísa Rumi Steinbruch, da 26ª Vara de Porto Alegre, impõe multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento. A tendência é de que o Sindimetrô seja notificado a pagar o valor e recorra da decisão.
Detenções
Seis pessoas foram detidas pela Brigada Militar (BM), nessa madrugada, após serem flagradas tentando fazer um bloqueio ao atear fogo aos trilhos da Trensurb, em Sapucaia do Sul. O flagrante ocorreu na avenida Sapucaia, na altura do numeral 1116, no bairro Primor.
De acordo com dados fornecidos pela BM, os suspeitos tinham bolsas contendo panfletos de apoio à greve. Após detidos, eles foram identificados como funcionários da Trensurb e apresentados à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) em Canoas. Todos foram liberados após prestarem depoimento.