O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), antecipou hoje que o relatório da reforma da Previdência, do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), deve ser apresentado sem a abrangência das regras para o funcionalismo público dos Estados e municípios, como defendiam os governadores. “Mas temos até julho para construir acordo para que eles sejam reincluídos”, disse. Uma reunião na residência oficial de Maia fechou o acordo, nessa manhã. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
De acordo com o líder do PP, Arthur Lira, os Estados e municípios podem voltar a serem incluídos na reforma no plenário, por emenda, mas ele disse duvidar que haja votos para isso. “Se os governadores quiserem garantir os votos, apresentem a emenda”, disse o líder da Maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
De acordo com Maia, hoje também não há votos para que o relator mantenha no texto a capitalização, como previsto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Maia sinalizou, no entanto, que esse tema ainda deve ser debatido e não era totalmente descartado.
Para o presidente da Câmara, Guedes não pode sair como derrotado. “Vamos construir uma solução para a capitalização. Esse tema não pode ser excluído do debate”, afirmou. “Vou me reunir hoje (quarta) com Paulo Guedes para debater esse assunto.”
Maia disse ainda que o texto deve ser votado na comissão especial no dia 25 de junho.
Já o líder do MDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), disse que os parlamentares pediram para o relator da reforma, Samuel Moreira, que a economia com a reforma seja de ao menos R$ 900 bilhões.
Rossi disse ainda acreditar que a idade mínima para as mulheres se aposentarem deve ficar em 62 anos, mas com um tempo mínimo de contribuição de 15 anos, em vez de 20.