Dia do Orgulho LGBT entra para o Calendário de Porto Alegre e prevê três dias de eventos em 2019

Atividades ligadas à Parada de Luta devem ocorrer de 28 a 30 de junho, com apoio institucional, mas sem verba da Prefeitura

Foto: Ricardo Giusti / CP

O prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Junior vai sancionar, até segunda-feira, um projeto de lei incluindo o Dia Internacional do Orgulho LGBT no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização de Porto Alegre. A data deve ser celebrada em 28 de junho. O projeto passou em plenário, na Câmara, em fim de abril. Entidades ligadas ao movimento LGBT devem acompanhar formalmente a sanção do projeto, no Paço Municipal.

Autor da proposta, o vereador Moisés Barbosa (PSDB) sustenta que a capital deu “luz” a um problema enfrentado pela sociedade mundo afora. Além disso, salienta que a iniciativa recebeu apoio de entidades ligadas ao movimento, além de contribuições da direção da Diversidade Sexual e Gênero da Prefeitura.

Em função da importância do tema, Barbosa ainda reforça que a bandeira não deve ser de um político ou de um partido específico, mas encabeçada pela sociedade como um todo. “Na contramão de vários momentos tristes de preconceito, que a gente vem assistindo, Porto Alegre vai comemorar, neste ano, mais do que um dia de conscientização, já que teremos uma virada cultural”, pontuou.

De 28 a 30 de junho, atividades devem marcar o dia do orgulho. Assim como em edições passadas, a Parada de Luta LGBTI não vai contar com recursos do Executivo, mas passa a receber apoio institucional. Moisés Barbosa esclarece que a inclusão das ações no calendário oficial pode facilitar a captação de patrocínio.

“Colocar no calendário municipal proporciona que os organizadores busquem patrocínios e apoio da Prefeitura para as áreas de segurança, trânsito, organização e limpeza e também tenham condições de buscar, na iniciativa privada, recursos para realização dessas atividades, que são muito importantes para conscientização da cidade”, ressalta.

O vereador espera que mais de cem mil pessoas circulem pelas atividades da Parada de Luta nos três dias de festividades.

Já a Parada Livre, organizada por algumas das mais antigas entidades em defesa do público LGBTI da cidade, segue mantida, em princípio, para 24 de novembro, no Parque da Redenção.