A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e o Banco do Brasil, no Chile, iniciaram tratativas para firmar um convênio que visa detalhar o fluxo de comércio chileno, a fim de potencializar as vendas do Rio Grande do Sul para o país vizinho. A construção da parceria ocorreu após reunião entre a direção da Fiergs e gerentes do BB em Santiago, nesta quinta-feira.
Diferente da Receita Federal, que libera apenas parcialmente, por uma questão estratégica, os dados sobre compras e vendas das empresas do Brasil, a aduana chilena detém contratos com o BB, especificando detalhadamente movimentações financeiras, inclusive, das empresas de capital fechado.
“O custo para as indústrias direcionarem a venda de produtos no Chile vai ser infinitamente menor com o detalhamento desses dados. As 50 mil indústrias ligadas à Fiergs poderão ser beneficiadas”, destacou o presidente da Federação, Gilberto Petry.
Presente ao encontro, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ruy Irigaray, também projetou negócios com a futura parceria entre Fiergs e BB. “Vai encurtar o caminho do empresário gaúcho, que já vai saber o comprador e negociar diretamente com ele”, sintetiza.
Responsável pela gerência geral do Banco do Brasil no Chile, André Luis Cortes Mussili, parabenizou a organização da comitiva gaúcha e frisou o ineditismo do acordo, que começou a ser construído em Santiago.
“Por sermos um banco no Chile, as informações que acessamos de empresas, volume e produto de comércio exterior podem servir como uma ferramenta de inteligência para ser revertida em negócios”, vislumbrou.
O Banco do Brasil conta com 17 agências próprias em diferentes continentes e dispõe de uma rede bancária capaz de atender 107 países. Em Santiago, o banco atua especificamente para financiar o fluxo bilateral entre Chile e Brasil.
