RJ: militares que executaram músico não poderão fazer patrulhamento externo

STM soltou o grupo, nessa quinta-feira

Foto: Reprodução/Facebook

Os nove militares envolvidos nas mortes do músico Evaldo dos Santos e do catador Luciano Macedo, colocados em liberdade por ordem do Superior Tribunal Militar (STM), não poderão participar de operações externas, nem de qualquer atividade com uso de armamento. Foi o que divulgou hoje o coronel Carlos Cinelli, porta-voz do Comando Militar do Leste (CML).

“Embora não tenha havido nenhuma restrição ou medida cautelar imposta pela Justiça Militar, o Comando Militar do Leste decidiu que os militares não participarão de quaisquer operações, patrulhamentos ou qualquer atividade que envolva o emprego de armamento”, explicou. De acordo com o oficial, o grupo vai se integrar “à rotina interna normal das unidades”.

Os soldados deixaram a prisão por volta das 9h30min desta sexta-feira. Ontem, o STM aceitou o habeas corpus coletivo do grupo.

A equipe se envolveu na morte de Evaldo e Luciano no último dia 7, em Guadalupe, na zona norte do Rio, na área da Vila Militar.

Os militares dispararam mais de 240 tiros de fuzil contra o carro de Evaldo, de 51 anos, morreu na hora. Também baleado, o catador Luciano Macedo, que percorria o local e tentou salvar as vítimas, morreu dias depois.

Os nove soldados presos se tornaram réus, junto com mais três. Todos os 12 vão responder por homicídio qualificado, tentativa qualificada de homicídio e omissão de socorro. Em 11 de maio, a juíza federal substituta da Justiça Militar, Mariana Queiroz Aquino Campos, aceitou a denúncia.