Após cogitar saída, Guedes fala em “excelente diálogo” com o Congresso

No Twitter, presidente Jair Bolsonaro disse que parcela da mídia tenta forjar um desgaste entre ele e o ministro

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reiterou que mantém “excelente diálogo” com o Congresso para aprovar uma reforma da Previdência que, nos próximos dez anos, resulte em economia de mais de R$ 1 trilhão. Em nota oficial, ele disse ter “absoluta confiança” no trabalho dos parlamentares.

O comunicado, divulgado pela Pasta da Economia, reitera o engajamento de Guedes “com a retomada do crescimento econômico do país e rechaça qualquer hipótese de que possa se afastar desse propósito”.

Em entrevista à revista Veja, publicada hoje, Guedes disse que existe uma margem de negociação para que a reforma da Previdência resulte em economia de até R$ 800 bilhões em dez anos. Ele declarou, ainda, que pode renunciar ao cargo caso a reforma da Previdência não seja aprovada ou seja bastante desidratada.

No fim da tarde, o presidente Jair Bolsonaro postou uma mensagem de apoio a Guedes na rede social Twitter. Bolsonaro escreveu que a relação com Guedes está sólida. Segundo o presidente, uma parcela da mídia tenta forjar um desgaste entre os dois.

“Peço desculpas por frustrar a tentativa de parte da mídia de criar um virtual atrito entre eu e Paulo Guedes. Nosso casamento segue mais forte que nunca kkkkk. No mais, caso não aprovemos a Previdência, creio que deva trocar o Min. da Economia pelo da Alquimia, só assim resolve”, ironizou.

“Ninguém é obrigado a ficar”

Pela manhã, em entrevista coletiva concedida, no Recife,  Bolsonaro comentou as declarações de Guedes à Veja. “Paulo Guedes está no direito dele. Ninguém é obrigado a ficar como ministro meu”, disse. E, na linha defendida pelo titular da Economia, voltou a dizer que, sem a reforma previdenciária, vai ser o “caos na economia”.

Na entrevista, Guedes alertou que se a reforma não sair, “o Brasil pega fogo”. “Vai ser o caos no setor público, tanto no governo federal como nos Estados e municípios”, disse.