Apesar de polêmica interna, deputados gaúchos do PSL devem comparecer em manifestação pró-Bolsonaro

Presidente nacional do partido disse que atos marcados para o dia 26 não têm sentido

Foto: Arquivo / Samuel Vettori/ TV Record

Os três deputados estaduais do PSL e os quatro membros da bancada gaúcha do partido na Câmara devem participar das manifestações em apoio ao governo Bolsonaro, marcadas para o próximo domingo (26). Os atos têm como pano de fundo a defesa da reforma da Previdência, do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, e da aprovação da reforma administrativa, que impede a criação de novos ministérios. Alguns grupos ainda criticam o Supremo Tribunal Federal e o Congresso, na figura do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM).

Nas redes sociais, todos os parlamentares da legenda postaram fotos e vídeos convocando seus seguidores para o protesto. O deputado estadual mais votado nas eleições de 2018, Tenente-Coronel Zucco, ressaltou que os gaúchos precisam estar “na mesma trincheira” que o presidente Jair Bolsonaro. Nos últimos dias, em sua página na internet, Zucco alternou postagens em defesa do governo com críticas a Rodrigo Maia.

O deputado federal Nereu Crispim destacou que a manifestação é apartidária. “Este é um ato de apoio e de reconhecimento destas pessoas que confiaram o voto ao nosso presidente Bolsonaro”, afirmou. O parlamentar disse que os congressistas do PSL foram liberados a participar ou não dos atos. “Na hora que você identifica uma sigla, você poderia estar tirando o sentido de outros deputados de outros partidos apoiarem a manifestação”, ponderou. Além de Crispim e Zucco, confirmaram presença os deputados estaduais Capitão Macedo e Vilmar Lourenço e os federais Sanderson, Bibo Nunes e Marcelo Brum.

O presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, disse que não vê sentido na manifestação, mas reconhece que ela é valida. Nomes de expressão nacional do partido, como a deputada estadual paulista Janaína Paschoal e os federais Alexandre Frota e Joice Hasselmann, são contrários aos atos. Entre os defensores da manifestação, estão os deputados Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, e Carla Zambelli, além do senador Major Olímpio.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o próprio presidente Jair Bolsonaro descartou participar das atividades. Pessoas próximas dizem que o objetivo de Bolsonaro seria demonstrar “respeito pelo cargo e por suas responsabilidades” e evitar conflito com os demais poderes.