Partidos podem lançar quase 1/3 dos deputados do RS como candidatos a prefeito

Nos bastidores, corrida pelo governo de Porto Alegre pode ter até oito parlamentares no páreo

Foto: Wilson Cardoso | Agência ALRS

Embora a atual legislatura tenha recém-iniciado na Assembleia Legislativa, quase 1/3 dos 55 deputados é cotado a disputar as eleições municipais, em 2020. Faltando mais de um ano para a corrida eleitoral a prefeito, as articulações em busca de eventuais candidatos ocorrem timidamente, ou não. As possíveis indicações partem das próprias legendas, correligionários, eleitores e até entre os próprios deputados, explicitamente. Pelo menos 16 já despontaram como possíveis candidatos a prefeito, no ano que vem.

“Sou candidatíssimo”, reforça Rodrigo Maroni (Podemos), que exerce o primeiro mandato na AL. Ele também almeja comandar a Prefeitura de Porto Alegre. Preliminarmente, a corrida ao Paço Municipal pode mobilizar mais sete deputados: Any Ortiz (PPS), Dr. Thiago Duarte (DEM), Juliana Brizola (PDT), Luciana Genro (PSol), Sebastião Melo (MDB), Sofia Cavedon (PT) e Tenente-Coronel Zucco (PSL). Alguns já foram, inclusive, citados em pesquisas de sondagem eleitoral.

No Interior gaúcho, Luiz Fernando Mainardi (PT) deve concorrer, novamente, a prefeito de Bagé, assim como Jeferson Fernandes (PT), em Santa Rosa, e Zé Nunes (PT), em São Lourenço do Sul. O deputado Issur Koch (PP) também desponta como forte candidato ao Executivo de Novo Hamburgo.

Carlos Búrigo (MDB) é cotado para a disputa eleitoral em Caxias do Sul. O pleito na segunda maior cidade gaúcha também pode contar com a candidatura de Neri O Carteiro (Solidariedade).

No Sul, o deputado Fábio Branco (MDB) pode voltar a disputar a Prefeitura de Rio Grande. Kelly Moraes (PTB) também pode tentar mais um mandato em Santa Cruz do Sul.

Na Assembleia, integrantes da base reconhecem que as articulações políticas para as eleições do ano que vem tendem a dividir as atenções dos deputados, o que pode refletir na governabilidade no Parlamento.

Além disso, em 2020, a expectativa é de número recorde de candidaturas próprias, resultado da vedação de coligações nas proporcionais, uma regra até então inédita. Com isso, os partidos devem apostar nas majoritárias para tentar reforçar o desempenho dos candidatos a vereador.