Mais de 72 milhões de brasileiros vivem sem acesso à rede geral coletora de esgotos

Em todo o País, em 2018, 66,3% do total de domicílios do país possuía o sistema

Foto: Guilherme Almeida / CP

Em todo o Brasil, 66,3% do total de domicílios do país tinham acesso a rede geral ou fossa ligada à rede para escoamento de esgotos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta pelo IBGE. O valor representa 47,1 milhões dos 71 milhões de domicílios mapeados em 2018 em todo o país. No país, 72,4 milhões de pessoas residiam em locais sem acesso à rede geral coletora de esgotos.

O levantamento mostra uma discrepância regional na estrutura do esgotamento sanitário: no Sudeste, observa-se o cenário mais avançado e o percentual é de 88,6%, enquanto no Norte, apenas 21,8% tem esse sistema. Ainda assim, neste local houve um avanço em relação aos anos anteriores. Em 2017, esse percentual era de 20,3% e em 2016 de 18,9%. Nas regiões Sul, Centro-Oeste Nordeste, e respectivamente 66,8%, 55,6% e 44,6%.

O estudo também estimou que 97,6% dos total de domicílios (69,3 milhões) possuíam banheiro de uso exclusivo. O percentual variou de 91,0%, na Região Norte, a 99,8%, na Região Centro-Oeste. De acordo com a pesquisa, 1,7 milhão sequer possuem banheiros de uso exclusivo.

Destino do lixo

No País em 2018, o percentual de domicílios cujo lixo era coletado diretamente por serviço de limpeza foi de 83,0% (58,9 milhões). Em 8,1% dos casos (5,8 milhões), o lixo era coletado em caçamba de serviço de limpeza e, em 7,5% (5,3 milhões), queimado na propriedade. O destino, apesar de apresentar diferenças entre as regiões, mostrou, em todas elas, predominância da coleta diretamente por serviço de limpeza.

As regiões com percentuais inferiores à média nacional foram Nordeste (69,6%) e Norte (70,8%). As Regiões Sudeste (91,1%), Sul (87,3%) e Centro-Oeste (85,7%), por outro lado, apresentaram proporções superiores à média nacional (83,0%).

Sul, Centro-Oeste e Sudeste apresentaram como segundo destino mais frequente o lixo coletado em caçamba de serviço de limpeza (7,0%, 6,8% e 5,7%, respectivamente). As Regiões Norte (17,6%) e Nordeste (15,3%) registraram as maiores estimativas de domicílios com queima do lixo na propriedade; nelas cerca de 3,4 milhões (Norte) e 9,3 milhões (Nordeste) de moradores habitavam em domicílios com essa característica.