A Empresa Gaúcha De Rodovias (EGR) e a Secretaria Estadual de Logística e Transportes vão trocar de endereço em breve. Ambas serão transferidas para espaços no prédio-sede do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), na região central de Porto Alegre. A EGR fica com as dependências do 11º andar e a Secretaria, com os dois pavimentos superiores.
O espaço onde atualmente funciona a Secretaria de Logística e Transportes, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), vai receber a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e a Secretaria do Meio Ambiente (Sema). Conforme o governo, as mudanças significarão economia de até R$ 15 milhões aos cofres do governo até o fim do mandato de Eduardo Leite, visto que atualmente o Piratini paga cerca de R$ 360 mil ao mês de aluguel para EGR, Fepam e Sema.
Além disso, a EGR já manifestou a intenção de devolver ao governo o prédio onde funcionou a ocupação Lanceiros Negros, na esquina entre as ruas General Câmara e Andrade Neves, no Centro de Porto Alegre. Inicialmente, durante o processo de desocupação, ainda em junho de 2016, a justificativa era liberar o edifício histórico para uso da empresa pública. Entretanto, de lá para cá, o espaço segue fechado. O Estado vai analisar o futuro do imóvel a partir do momento em que a EGR oficializar a devolução.
Lanceiros Negros
Ainda em setembro de 2018 a Prefeitura de Porto Alegre encaminhou à EGR a aprovação do projeto legal que permitia o início dos processos licitatórios para a reforma do prédio. Mesmo pertencendo ao governo estadual, ele dependia do município para autorizar as reformas, já que o edifício é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico (Iphan) da Capital. A estimativa da EGR era de lançar a primeira licitação, referente aos projetos arquitetônicos, de elétrica e hidráulica, ainda em 2018, o que não aconteceu.
À época, a EGR informou que os valores para os diferentes editais ainda permaneciam em aberto, e que o plano era custear as obras com recursos próprios, dos pedágios operados pela empresa. No entanto, já em março de 2019, o governador Eduardo Leite disse que a empresa deve ser extinta dentro de dois anos, o que inviabiliza grandes investimentos na estatal. As estradas sob comando da EGR devem ser destinadas à iniciativa privada.
O prédio vazio por cerca de 10 anos, até ser ocupado pelo movimento Lanceiros Negros em novembro de 2015. O grupo permaneceu no local até junho de 2017, quando uma reintegração de posse violenta atropelou militantes em defesa da ocupação. A operação levou as autoridades de Segurança a repensar as estratégias em situações do tipo.
