Deputada defende atos pró-governo, mas admite que baixa adesão pode enfraquecer Bolsonaro

Na Capital, protesto ocorre às 15h no Parcão

Foto: Mauro Schaefer / CP Memória

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) reforçou o coro, nesta segunda-feira, para fortalecer os atos pró-governo marcados para o domingo que vem, em todo Brasil. Defensora do voto impresso e contrária às urnas eletrônicas, Bia Kicis reconhece, contudo, que a baixa adesão de público pode fazer com que o governo perca ainda mais credibilidade.

“A gente precisar estar com muita gente na rua para mostrar a nossa força porque queremos prestar esse apoio. Mas é claro que, se for um movimento fraco, dá uma impressão de fraqueza”, avaliou.

Em entrevista ao programa Esfera Pública, Bia Kicis também criticou parte da imprensa, que segundo ela, vem dando “holofote” para qualquer “movimentozinho da esquerda”. Por isso, a deputada entende que a presença de público deve ser maciça no domingo. Ela rechaça ainda haver um “terceiro turno” das eleições. Em Porto Alegre, o ato está marcado para as 15h, no Parque Moinhos de Vento (Parcão).

O apoio de manifestantes é colocado em xeque após aliados do presidente Jair Bolsonaro terem tornado público o descontentamento com os rumos do governo. A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP), por exemplo, utilizou as redes sociais para criticar a convocação do ato. “Bolsonaro vai ter de “parar de fazer drama para TRABALHAR!”, caso as ruas não lotem de apoiadores seus”, publicou ela, no Twitter.

O movimento não conta com a adesão dos principais grupos que lideraram os atos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff: Vem Pra Rua, NasRuas e MBL.

Partidos integrantes do Centrão e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), classificados pelos organizadores como “inimigos do Brasil”, devem ser os alvos dos manifestantes. Eles também defendem o ministro da Justiça, Sérgio Moro, a Medida Provisória 870 (da reforma administrativa) e a reforma da Previdência.