Com a quebra do sigilo bancário e fiscal de 95 pessoas e empresas ligadas ao senador Flávio Bolsonaro, do PSL, o Ministério Público do Rio de Janeiro apontou indícios de que o parlamentar tenha comprado imóveis na capital fluminense para lavar dinheiro. Conforme informações divulgadas, nesta quarta-feira, pela revista Veja, a promotoria calcula que Flávio lucrou R$ 3,089 milhões com a compra e venda de imóveis entre 2010 e 2017.
No período, ele adquiriu 19 apartamentos e salas comerciais por R$ 9,4 milhões. Há “suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas”, cita o MP.
Em documento obtido pela revista, o órgão sustenta que a fraude pode ter ocorrido para “simular ganhos de capital fictícios” que encobririam “o enriquecimento ilícito decorrente dos desvios de recursos” da Assembleia Legislativa do Rio.
A informação consta do pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal, feito pelo MP e deferido pela 27ª Vara Criminal do Rio. A assessoria do senador não retornou o contato da Veja até a publicação da reportagem. Em outras oportunidades, ele negou irregularidades e disse que a investigação é ilegal.
