Revelado conteúdo de cápsula do tempo em Pelotas

Caixa de ferro, que ficou 88 anos enterrada, tinha papéis antigos, jornais da época e água

Foto: Angélica Silveira / Especial / CP

Fim do mistério da cápsula do tempo: uma cerimônia marcou, hoje, a abertura da caixa de ferro que ficou 88 anos enterrada sob o monumento em homenagem à ex-Miss Universo Yolanda Pereira, no Centro de Pelotas, na metade Sul. Nela, foram encontrados papéis antigos, jornais da época e água.

A caixa, enterrada em 1931, um ano após o título de Yolanda, tinha previsão de ser aberta cinco décadas depois, mas só “reapareceu” na quarta-feira passada. A prefeita Paula Mascarenhas e os restauradores Marcelo Madail e Fabiane Moraes, abriram o dispositivo. “Retiramos a ferrugem, higienizamos, realizamos a ficha catalográfica, fotografamos e mapeamos para chegar a esse momento”, explicou Fabiane.

A cápsula vai, agora, para um laboratório do curso de Conservação e Restauro da Universidade Federal de Pelotas. Os papéis também vão passar por um processo de recuperação.

Trabalhadores das obras de reforma da praça Coronel Pedro Osório encontraram a caixa após a Prefeitura ter sido alertada, pelo pesquisador Guilherme Almeida, sobre a existência do objeto.

A prefeita propôs que uma caixa nova seja enterrada em julho, no aniversário da cidade, com objetos que se queira mostrar daqui a 50 anos. Os itens serão escolhidos por votação popular no site e redes sociais do município.

“Queremos o que caracterize a Pelotas de 2019: um recado de 2019 para 2069 na semana de aniversário”, disse Paula.