Protesto contra reforma paralisou 90% dos policiais civis do Interior, estima Sinpol

Mais um ato, em Brasília, ocorre em 21 de maio

Foto: Guilherme Testa / CP

O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (Sinpol/RS), Emerson Lopes Ayres, avaliou como positiva a paralisação de policiais civis e federais, realizada das 13h às 18h desta segunda-feira, em protesto contra a reforma da Previdência. Conforme Ayres, houve impacto mínimo para a população.

O manifesto, convocado pela União dos Policiais do Brasil (UPB), ocorreu em simultâneo, hoje, em todo o País. Conforme o presidente do Sinpol, dados colhidos durante a tarde indicaram que mais de 90% dos agentes do interior aderiram ao movimento.

A orientação era restringir a circulação de viaturas a casos mais graves. Também foram prejudicados mandados de busca e apreensão, mandados de prisão, operações policiais, serviço cartorário, entrega de intimações, oitivas, remessa de inquéritos policiais ao Poder Judiciário e demais procedimentos de polícia judiciária. Nas DPPAs e plantões, os policiais foram orientados a atender somente casos de flagrante e de maior gravidade, como homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos, Lei Maria da Penha, por exemplo.

Em Porto Alegre, a concentração ocorreu em frente ao Palácio da Polícia, na avenida Ipiranga. Ainda de acordo com Ayres, mais um protesto, marcado para 21 de maio, em Brasília, que deve reunir mais de 8 mil representantes da categoria.

O Dia Nacional de Protestos fazia parte de uma série de atividades contra a reforma da Previdência, que tramita no Congresso Nacional e que, segundo os sindicatos, atinge diretamente os profissionais da segurança pública.

De acordo com os sindicatos, a reforma não reconhece características próprias da atividade policial, como o risco de morte, e prevê o estabelecimento de uma alíquota extra, de até 8%, que para a categoria vai significar uma redução salarial.