Policiais paralisam atividades nesta tarde contra a reforma da Previdência

Atividades ficarão restritas das 13h às 18h

Foto: Guilherme Testa / CP

Policias civis e federais paralisam as atividades na tarde desta segunda-feira em protesto contra a reforma da Previdência. O manifesto foi convocado pela União dos Policiais do Brasil (UPB) e acontece em todo o país. No Rio Grande do Sul, a paralisação inicia às 13h com concentração dos servidores em frente ao Palácio da Polícia, em Porto Alegre. A mobilização seguirá até as 18h.

De acordo com a entidades da segurança pública, a orientação é para que não haja circulação de viaturas nesse período. Também não haverá cumprimento de mandados de busca e apreensão, mandados de prisão, operações policiais, serviço cartorário, entrega de intimações, oitivas, remessa de inquéritos policiais ao Poder Judiciário e demais procedimentos de polícia judiciária. As DPPAs e plantões somente atenderão os flagrantes e casos de maior gravidade, tais como: homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos, Lei Maria da Penha, além daquelas ocorrências em que os plantonistas julgarem imprescindível a intervenção imediata da Polícia Civil.

Mesmo com as restrições no atendimento, o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (Sinpol/RS), Emerson Lopes Ayres, afirma que o impacto para a população será mínimo. “A nossa expectativa é que o impacto seja o menor possível. A categoria está orientada a fazer o atendimento o atendimento aos casos graves, crimes contra a vida e casos que envolvam violência doméstica. Vamos procurar que o impacto seja o menor possível. Mas é uma forma de acordar a sociedade dos malefícios da reforma da previdência que irá atingir não só os policiais como a sociedade brasileira”, afirma.

O Dia Nacional de Protestos faz parte de uma série de atividades contra a reforma da Previdência, que tramita no Congresso Nacional e que, segundo os sindicatos, atinge diretamente os profissionais da segurança pública. Outro ponto destacado pela categoria é o não estabelecimento de uma regra de transição para a implementação das novas regras de aposentadoria. Além do não reconhecimento das características próprias da atividade policial, como o risco de morte, a proposta traz a possibilidade do estabelecimento de uma alíquota extra de até 8%, que para a categoria vai significar uma diminuição salarial para os policiais de todo o país.