Inter faz grande segundo tempo e vence o Cruzeiro por 3 a 1 no Beira-Rio

Colorado construiu placar após Odair Hellmann alterar o esquema tático no intervalo

Nonato abriu o placar no Beira-Rio | Foto: Mauro Schaefer

O Inter venceu o Cruzeiro por 3 a 1 na tarde deste domingo pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Beira-Rio, em resultado que teve influência direta das decisões de Odair Hellmann. Após empate por 1 a 1 no primeiro tempo, o treinador mudou o esquema tático do time na volta para a etapa final, que foi dominada pelo Colorado.

Nonato, Guerrero e Rodrigo Moledo marcaram os gols do Inter enquanto Dedé fez para os mineiros. D’Alessandro ainda perdeu um pênalti e o jogo terminou em confusão por conta de uma agressão de Edílson a Nico López. O lateral do Cruzeiro foi expulso, mas o uruguaio tentou o revide após o apito final do árbitro Raphael Claus.

Com a vitória, o Inter chega a seis pontos após quatro rodadas de Brasileirão. O Colorado volta a campo no próximo domingo, às 16h, para jogar novamente no Beira-Rio. O adversário será o CSA. Também com seis pontos, o Cruzeiro jogará no sábado, às 16h, diante do Fluminense no Maracanã.

Jogo de poucas chances e placar igualado no primeiro tempo

Sem Rodrigo Dourado e Patrick, ambos lesionados, o técnico Odair Hellmann apostou nas entradas de Rodrigo Lindoso e Nonato no meio-campo colorado e voltou a montar o time no 4-1-4-1. Com isso, D’Alessandro iniciou aberto pelo lado direito com Nico López na esquerda e Guerrero na referência.

No Cruzeiro, Mano Menezes manteve o seu costumeiro 4-2-3-1, apostando em uma marcação mais baixa e saídas nos contra-ataques. Assim, o time mineiro teve a primeira chance de gol do jogo logo no primeiro minuto. Após bola perdida por D’Alessandro na intermediária, Fred encontrou Thiago Neves livre na área do Inter. A sorte colorada foi que o camisa 10 cruzeirense pegou mal na bola e acabou finalizando para fora.

Durante o primeiro tempo, o domínio de posse de bola foi todo do Inter (que terminou com 55,7%). O Colorado, entretanto, teve dificuldade para criar jogadas a partir da troca de passes. Assim, a primeira oportunidade de gol do time gaúcho veio em uma bola longa. D’Alessandro encontrou Nico López livre às costas da zaga do Cruzeiro, mas o uruguaio acabou errando o domínio e o goleiro Fábio fez a defesa.

O Cruzeiro voltou a levar perigo aos 21. A jogada foi novamente de contra-ataque. Dessa vez, Pedro Rocha ganhou de Zeca e arrancou livre pelo lado esquerdo. O ex-jogador do Grêmio tocou para a entrada da área, onde Jadson apareceu para finalizar e mandou próximo da trave direita de Marcelo Lomba.

Se tinha dificuldade para criar jogadas, o Inter foi chegar ao seu gol com bola rolando. Aos 31, D’Alessandro sofreu falta de Pedro Rocha na entrada da área. Guerrero fez a cobrança e contou com um desvio na barreira para enganar Fábio. A bola bateu na trave e sobrou para Nonato, que empurrou para o gol vazio para abrir o placar no Beira-Rio, 1 a 0.

A vantagem colorado, porém, durou pouco. Quatro minutos depois, também em bola parada, o Cruzeiro chegou ao empate. Thiago Neves cobrou falta da intermediária e, em erro da marcação colorada, Dedé apareceu livre para marcar, 1 a 1.

Após os gols, os dois times alternaram chances de gol. A melhor foi do Inter, aos 45, com Nico López. O uruguaio recebeu passe de Iago dentro da área e chutou cruzado. A bola acertou a rede, mas pelo lado de fora e o jogo foi para o intervalo com placar igualado.

Odair muda posicionamento e Inter melhora

O Inter voltou para o segundo tempo com os mesmos 11 jogadores, mas com alteração no posicionamento. Nico López foi deslocado para o lado direito com Nonato indo para a esquerda. D’Alessandro passou então a atuar centralizado atrás de Guerrero com o esquema mudando para o 4-2-3-1.

A formação deu ao Inter maior capacidade de controle no meio-campo com a presença de D’Alessandro por dentro. A movimentação de Nico López saindo da direita para o meio também ajudou a confundir a marcação do Cruzeiro e em um lance assim saiu o segundo gol.

Aos 11, D’Alessandro tocou para Nico López na área. O goleiro Fábio saiu de carrinho, mas a bola sobrou para Guerrero, que chutou e Dedé tirou. D’Alessandro ainda apanhou o rebote, mas foi a vez de Dodô salvar em cima da linha. A bola sobrou de novo para Guerrero e aí não teve jeito. O peruano bateu de primeira e mandou para o fundo do gol para colocar o Inter em vantagem novamente, 2 a 1.

O Inter seguiu melhor e foi tendo chances para o terceiro. Aos 11, Victor Cuesta bateu rápido uma falta no campo de defesa e encontrou Nico López na área do Cruzeiro. O uruguaio bateu de primeira e acertou a trave de Fábio.

Mas a melhor chance para o terceiro gol colorado veio logo depois. Aos 21, Nonato recebeu passe na área e foi derrubado por Dodô: pênalti. D’Alessandro foi para a cobrança, deslocou Fábio, mas acabou mandando para fora para desespero da torcida no Beira-Rio.

Após o susto do pênalti, o técnico Mano Menezes começou a mexer na sua equipe. Rodriguinho e David entraram nos lugares de Pedro Rocha e Jadson. Odair Hellmann respondeu com Guilherme Parede na vaga de Nonato. Logo depois, D’Alessandro saiu para entrada de Rafael Sobis.

O jogo então ficou aberto com o Cruzeiro buscando o empate, mas o Inter em nenhum momento deixou de tentar o terceiro. Aos 33, Nico López teve a chance,e acabou não conseguindo finalizar. O uruguaio reclamou de pênalti por um puxão de Léo dentro da área. Após consulta ao VAR, o árbitro Raphael Claus optou por não marcar a infração.

O pênalti não marcado acabou não fazendo falta. O Inter chegou ao terceiro gol em um lance parecido com o primeiro: falta e rebote. Dessa vez foi Rafael Sobis quem fez a cobrança. O atacante bateu com muito efeito uma bola que bateu no travessão e sobrou para Rodrigo Moledo, que cabeceou para o gol, 3 a 1 e vitória garantida no Beira-Rio.

Odair Hellmann ainda mandou Sarrafiore e campo no lugar de Guerrero, mas o placar já estava definido. Ainda deu tempo, porém, para Edílson ser expulso. O lateral-direito do Cruzeiro deu uma cotovela em Nico López nos acréscimos e levou o vermelho direto. Após o apito final, o uruguaio ainda tentou o revide e foi contido pelos companheiros.