O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), valor que representa a inflação oficial, teve queda de 0,18% e fechou abril em 0,57%, abaixo do valor previsto. Apesar da retração, o índice é o mais alto para o mês desde 2016, quando foi registrado 0,61%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado sofreu forte influência pelo aumento dos preços em oito dos nove grupos, com destaque para a seção de Saúde e cuidados pessoais.
O grupo de Saúde e cuidados pessoais teve a maior variação – 1,51% –, com as principais altas nos grupamentos de remédios (2,25%), refletindo o reajuste anual, em vigor desde 31 de março, com teto de 4,33%; higiene pessoal (2,76%), com destaque para os perfumes (6,56%) e plano de saúde (0,80%). Mesmo com a desaceleração no nível de preços de março (1,44%) para abril (0,94%), o grupo dos Transportes foi o segundo com maior variação, sendo que a gasolina foi o principal impacto individual no mês (2,66% mais cara).
O grupo Artigos de residência, com -0,24%, foi o único que apresentou deflação em abril. O acumulado dos últimos doze meses foi para 4,94%, contra os 4,58% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2018, a taxa foi de 0,22%.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de março a 30 de abril de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 27 de fevereiro a 29 de março de 2019 (base).