Acima da média nacional, Porto Alegre tem 3ª maior inflação do País em abril

Índice registrado na Capital foi de 0,83%

Foto: Alina Souza / CP Memória

Porto Alegre encerrou abril com a terceira maior inflação do Brasil e acima da média do País, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na Capital foi de 0,83%, mesmo valor encontrado em Salvador e atrás apenas de São Luiz (0,87%) e Fortaleza (0,91%). Apesar da alta na cidade gaúcha, o percentual ficou abaixo da prévia para o mês, que era 1,27%.

Apenas quatro dos nove grupos pesquisados apresentaram alta, mas elas tiveram maior impacto do que as quedas. O maior aumento foi encontrado no segmento de Transportes (2,95%). O resultado reflete sobretudo a alta no preço da gasolina, que teve o maior impacto individual (2,66% mais cara, em média, no País). A região metropolitana de Porto Alegre encerrou o mês com diferença de 5,98%, o maior índice entre os locais estudados.

No segmento, também pesaram os reajustes nos preços das passagens dos ônibus urbanos e do trem. Nestes, Porto Alegre também liderou: foram 9,30% e 27,30%, respectivamente, ambos em vigor desde 13 de março. Ao todo, foram analisadas dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Na sequência, os preços do grupo Saúde e cuidados pessoais, tiveram alta de 1,88%, elevados pelo reajuste nos valores dos remédios. Entre eles, destaque para a escalada nos hormônios (3,70%), analgésicos e antitérmicos (3,51%), e psicotrópicos e anorexígenos (3,48%). Já os serviços de saúde tiveram aumento de 0,43% na Capital.

Comer e beber ficou, em média, 0,67% mais caro na cidade gaúcha. Item básico, o tomate teve inflação de 31,35%. O fim da safra de verão resultou no aumento e, além disso, observou-se baixa qualidade do fruto, devido ao clima chuvoso, o que elevou a cotação daqueles com melhor aparência. A cebola (21,02%) também teve grande impacto. Por outro lado, a maçã (-8,6%) e o alface (-7,41%) foram as maiores quedas. O setor de educação teve aumento de 0,11%, sobretudo devido ao encarecimento do artigos de papelaria (1,35%).

Os grupos de habitação (-0,18%), Artigos de residência (-0,74%), Vestuário (-0, 15%), Despesas pessoais (-0,19%) e Comunicação (-0,04%) foram aqueles que apresentaram deflação.

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