Guaidó não descarta que Assembleia aprove ação militar dos EUA na Venezuela

Presidente autoproclamado deu entrevista a jornal americano

O presidente interino da Venezuela designado pelo parlamento, Juan Guaidó, afirmou que a Assembleia Nacional do país deve, “provavelmente”, estudar a possibilidade de uma intervenção militar norte-americana no país e, “em caso de necessidade”, aprovar a medida. As declarações foram feitas em entrevista para o jornal The Washington Post.

Guaidó afirmou que essa deve ser a resposta dele se John Bolton, assessor de Segurança Nacional da Casa Branca e uma das vozes mais duras em contraposição ao governo do presidente Nicolás Maduro, puser tropas norte-americanas à disposição.

Embora os Estados Unidos sejam favoráveis a dar espaço a uma possível transição pacífica, o chefe interino do Pentágono, Patrick Shanahan, assegurou, na última sexta-feira, depois de reunir-se com Bolton, que “todas as opções estão sobre a mesa”.

Durante a entrevista, Guaidó, que é reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela, qualificou de “grande notícia” o fato de que o Departamento de Defesa norte-americano analise todas as possibilidades e não descarte nenhum cenário.

O político, de 35 anos, encabeçou, na última terça-feira, um levante em Caracas que perdeu força com o passar dos dias. “Talvez porque ainda precisemos de mais soldados e de mais funcionários do regime que desejem apoiar [o levante], que respaldem a Constituição”, concluiu.