A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou na manhã desta sexta-feira a Operação Casas De Areia, que investiga crime de estelionato praticado por grupo econômico que vendia imóveis em Imbé, Tramandaí e Xangri-Lá. Alegando crise financeira, a empresa Báril deixou de entregar mais de 550 casas em quatro condomínios no Litoral Norte gaúcho e terminou de construir apenas nove apartamentos em prédio das região. Suspeita-se que os integrantes do grupo assumiram, de maneira proposital, obrigações sem lastro financeiro para honrá-las com as vítimas.
Comandada pelo delegado Marcos Viafore, da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes de Lavagem de Dinheiro, a ação cumpre seis mandados de busca e apreensão nas casas e escritórios dos investigados, em Porto Alegre.
Os agentes buscam identificar o que foi feito com o valor arrecadado de compradores das residências não construídas. Bens imóveis estão sendo indisponibilizados judicialmente, além de bloqueio de contas e proibição dos integrantes do grupo de saírem do país.
Nos local onde deveriam existir os imóveis, não existe nenhum tipo de infraestrutura. No site Reclama Aqui, popular para postagem de queixas de serviços, há pelo menos 50 postagens de autores diferentes sobre a empresa. O Correio do Povo buscou contato com a companhia, mas até o momento não obteve retorno.