Taxa de desemprego fica em 12,7% no primeiro trimestre e atinge 13,4 milhões, diz IBGE

Em igual período do ano passado, índice fechou em 13,1%

Foto: Marcos Santos / USP Imagens / CP Memória

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,7% no trimestre encerrado em março, atingindo 13,4 milhões de pessoas, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feirapelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em igual período de 2018, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 13,1%. No trimestre até fevereiro, a taxa foi de 12,4%. No trimestre até dezembro de 2018, o resultado ficou em 11,6%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.291,00 no trimestre encerrado em março.

O resultado representa alta de 1,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 205,3 bilhões no trimestre até março, alta de 3,3% ante igual período do ano anterior.

Faltou trabalho para 28,324 milhões de pessoas no País

Faltou trabalho para um montante recorde de 28,324 milhões de pessoas no País no trimestre encerrado em março, segundo os dados da Pnad Contínua. A taxa composta de subutilização da força de trabalho aumentou de 23,8% no trimestre até dezembro de 2018 para o nível recorde de 25,0% no trimestre até março deste ano.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial – pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.

No trimestre até março de 2018, a taxa de subutilização da força de trabalho estava mais baixa, em 24,6%.

População ocupada

O total de pessoas trabalhando no País desceu a 91,863 milhões de trabalhadores no trimestre encerrado em março, conforme os dados da Pnad Contínua. O mercado de trabalho fechou 24 mil vagas com carteira assinada no setor privado no trimestre encerrado em março, em relação ao trimestre terminado em dezembro de 2018. Ao mesmo tempo, o contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado diminuiu em 365 mil pessoas.

O setor público teve fechamento de 234 mil postos de trabalho em apenas um trimestre. O emprego como trabalhador doméstico encolheu em 149 mil pessoas. Outros 25 mil indivíduos deixaram o trabalho por conta própria. O contingente de empregadores encolheu em 85 mil pessoas.

Desalento

O Brasil tinha 4,843 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em março, segundo os dados do IBGE. O resultado significa 180 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2018. Em um ano, 256 mil pessoas a mais caíram no desalento.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

Subocupação por insuficiência de horas

A taxa de subocupação por insuficiência de horas ficou em 7,4% no trimestre até março, ante 7,4% no trimestre até dezembro de 2018. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior. Na passagem do trimestre até dezembro de 2018 para o trimestre até março de 2019, houve um recuo de 103 mil pessoas na população nessa condição.

Em um ano, porém, o País ganhou mais 624 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas. Em todo o Brasil, há 6,768 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas.