O velório da cantora Beth Carvalho ocorre a partir das 10h desta quarta-feira, no Salão Nobre da sede do Botafogo de Futebol e Regatas, clube do coração da artista, em Botafogo. De lá, o cortejo segue em carro aberto do Corpo de Bombeiros para o crematório do Cemitério São Francisco Xavier, do Caju, zona portuária da cidade. Na página do clube no Facebook, uma homenagem à botafoguense de coração: “Nossa estrela foi brilhar no céu. Descanse em paz, madrinha!”
A sambista morreu hoje, às 17h33min, de septicemia (infecção generalizada) no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, onde permanecia internada desde 8 de janeiro. A sambista faleceu a cinco dias de completar 73 anos, no domingo.
Trajetória
A carreira de Beth Carvalho teve origem na bossa nova. Em 1965, gravou o primeiro compacto simples com a música Por Quem Morreu de Amor, de Menescal e Bôscoli. Em 66, já envolvida com o samba, participou do show A Hora e a Vez do Samba, ao lado de Nelson Sargento e Noca da Portela.
Participou de festivais como o Festival Internacional da Canção (FIC) e o Festival Universitário. No FIC de 68, conquistou o 3º lugar com Andança, de Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi, e ficou conhecida em todo o país.
A partir de 1973, passou a lançar um disco por ano e se tornou sucesso de vendas, emplacando vários sucessos como 1.800 Colinas, Saco de Feijão, Olho por Olho, Coisinha do Pai, Firme e Forte e Vou Festejar.
Beth Carvalho é reconhecida por resgatar e revelar músicos e compositores do samba. Em 1972, ajudou no resgate de Nelson Cavaquinho, que lhe presentou com a canção Folhas Secas, parceria de Nelson com Guilherme de Brito, e de Cartola, de quem três anos depois gravou a até então inédita As Rosas Não Falam. As duas se tornaram clássicos da música brasileira.