RS espera imunizar 12,5 milhões de bovinos e búfalos contra aftosa, a partir de quarta

Em 2018, ambas as etapas da campanha, em maio e novembro, alcançaram os 97% de cobertura

Foto: Mauro Schaefer / CP Memória

A primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa abre na quarta-feira e segue até 31 de maio, em todo o Rio Grande do Sul. A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) espera que sejam imunizados 12,5 milhões de bovinos e búfalos, envolvendo cerca de 300 mil pecuaristas no processo, cuja meta é atingir uma cobertura vacinal superior a 90%. Em 2018, ambas as etapas, em maio e novembro, alcançaram 97% de cobertura.

“Estamos mobilizados e motivando nossos pecuaristas para que vacinem o rebanho”, disse o secretário Covatti Filho. Conforme o Departamento de Defesa Agropecuária da Seapdr, em 2019 a vacina contra a aftosa sofreu alterações na fórmula, com redução na dosagem de aplicação, de 5 para 2 ml. A vacina passou a ser bivalente, permanecendo a proteção contra os vírus tipo A e O (removido o tipo C). Podem ser comprados conjuntos de 15 e 50 doses. A composição do produto também mudou, com intuito de diminuir os nódulos causados no animal.

Os produtores devem comprar as doses necessárias para a vacinação de todo o rebanho em casas agropecuárias credenciadas pela Seapdr. Em seguida, devem comprovar a vacinação através da apresentação da nota fiscal de compra e declaração do quantitativo de animais vacinados, nas inspetorias ou escritórios de Defesa Agropecuária.

O prazo máximo para a comprovação da vacinação é de cinco dias úteis após o término da etapa. Aqueles que não comprovarem a vacinação serão autuados, conforme determinação de um Decreto Estadual, e terão a propriedade interditada até a regularização.

A febre aftosa é uma doença viral, altamente contagiosa e de rápida disseminação, com impactos econômicos e sociais nos locais onde ocorre. Os últimos focos da doença no Estado ocorreram nos anos 2000 e 2001 e acarretaram em grave prejuízo econômico, como o sacrifício e abate sanitário de aproximadamente 29 mil animais e gastos de U$$ 25 milhões em custos diretos, além de perdas geradas pelo impedimento do comércio nacional e internacional de produtos de origem animal e vegetal.