Depois de começar o dia superando a barreira de R$ 4, a moeda norte-americana reverteu a tendência e fechou em queda. O dólar comercial encerrou a quinta-feira vendido a R$ 3,956, com recuo de R$ 0,03 (-0,76%). A divisa acentuou a queda no fim da manhã e fechou perto da mínima do dia.
No mercado de ações, o otimismo também marcou o dia. O índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), subiu 1,59% e encerrou aos 96.552 pontos – a maior alta diária desde 4 de abril, quando o indicador tinha se valorizado 1,93%.
Ontem, o dólar havia fechado no maior nível em sete meses e a bolsa, interrompido uma sequência de elevações. A volatilidade diminuiu depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, anunciou o deputado Marcelo Ramos (PR-AM) para presidir a comissão especial que vai debater a reforma da Previdência e o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) para relatar a proposta.
Hoje, o Ministério da Economia atualizou os números sobre a economia prevista com a reforma da Previdência. Segundo a pasta, a estimativa aumentou para R$ 1,236 trilhão nos próximos dez anos, caso a reforma seja aprovada como chegou à comissão especial da Câmara. O valor é mais alto que o R$ 1,169 trilhão divulgado há dois meses.
Apesar de o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Bruno Serra, ter dito hoje que a autoridade monetária pode intervir no câmbio caso a volatilidade persista, o órgão não mudou a atuação. O BC continuou a rolar (renovar) integralmente os contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.