MP denuncia pelo crime de latrocínio homem que matou advogado na Cidade Baixa

Conforme a Promotoria de Justiça Criminal de Porto Alegre, acusado apenas não consumou o roubo por "circunstâncias alheias à vontade" dele

Foto: MP/Divulgação

O Ministério Público denunciou pelo crime de latrocínio – roubo seguido de assassinato – o homem que matou o advogado Gabriel Pontes Fonseca Pinto, na tarde de 26 de março, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. Conforme a Promotoria de Justiça Criminal de Porto Alegre, Luís Henrique Lopes Lima, de 23 anos, preso preventivamente desde 4 de abril, só não consumou o roubo por “circunstâncias alheias à vontade” dele.

Na denúncia, o MP sustenta que no dia do crime, o acusado tentou assaltar a vítima com o uso de uma arma de fogo. As câmeras auxiliaram a polícia a traçar os passos do advogado. Gabriel almoçou com a mãe, por volta do meio dia, e seguiu para o Foro Central, onde retirou processos. Perto das 16h, sacou R$ 800 em um caixa eletrônico de supermercado, na rua Lima e Silva. Depois, se deslocou à agência da Caixa Econômica Federal da José do Patrocínio. A abordagem ocorreu a uma quadra dali. O criminoso estacionou a motocicleta que conduzia, na rua Alberto Torres, e anunciou o assalto, na Lima e Silva, apontando a arma para o rosto de Gabriel.

Testemunhas apontaram que a vítima se recusou a entregar os pertences, fazendo o assassino segurar Gabriel pela camiseta e gritar: “eu não tô brincando! Me passa o que tu tem ou eu vou te matar!”. Depois de dois entrarem em luta corporal, o denunciado efetuou um primeiro disparo contra a vítima, derrubou o advogado com uma rasteira e atirou de novo. Gabriel chegou a ser encaminhado para o Hospital de Pronto Socorro, mas não resistiu. Luís Henrique fugiu de moto sem levar nada.

Condenado por porte ilegal de arma de uso restrito, o denunciado já responde por dois assaltos à mão armada. A prisão dele ocorreu no Morro da Cruz, na zona Leste da cidade. A Polícia encontrou o suspeito junto com dois homens. O criminoso ainda tentou fugir, mas acabou capturado. De acordo com o MP, os outros dois possuíam antecedentes criminais, mas não tiveram envolvimento com o crime.