A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro informou que não transferiu o catador de material reciclável Luciano Macedo para outro hospital porque seu estado de saúde era gravíssimo. Macedo foi baleado durante a ação do Exército em Guadalupe, na zona oeste da cidade, que resultou na morte do músico Edvaldo Rosa, no dia 7 de abril.
Macedo teria tentado ajudar Edvaldo, que havia sido alvejado dentro de seu carro, quando foi atingido por tiros. Ele ficou internado por 11 dias no Hospital Estadual Carlos Chagas e morreu às 4h20 de hoje.
No dia 16, a Justiça do Rio de Janeiro determinou que ele fosse transferido para um hospital com mais recursos para tratar do caso. Mas, apesar da decisão judicial, a equipe do hospital manteve Macedo no Carlos Chagas e o submeteu ontem a uma cirurgia.
Segundo nota divulgada pela Secretaria de Saúde, “todos os esforços clínicos necessários foram realizados por profissionais multidisciplinares do Hospital Estadual Carlos Chagas com o objetivo de oferecer o melhor atendimento ao paciente Luciano Macedo”.
A Secretaria informou que “reitera a confiança nos profissionais da unidade durante o caso e acredita que o atendimento precoce prestado ao paciente foi fator decisivo na busca para salvar a vida de Luciano apesar da gravidade da lesão”.