O presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta às autoridades de Israel com o objetivo de esclarecer sua declaração sobre o Holocausto. No documento, ele afirma que as interpretações errôneas só interessariam a quem deseja afastá-lo “dos amigos judeus”.
A carta foi enviada após o presidente de Israel, Reuven Rivlin, dizer no sábado no Twitter que “nem líderes partidários ou primeiros-ministros vão perdoar, nem esquecer”, em uma crítica à declaração de Bolsonaro, durante encontro com evangélicos no Rio de Janeiro na quinta-feira, de que “nós podemos perdoar, mas não podemos esquecer” o extermínio em massa de judeus pelo regima nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
O Museu do Holocausto disse que “ninguém está em posição de determinar se os crimes do Holocausto podem ser perdoados”. O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) também usou sua conta no Twitter neste domingo, para esclarecer a mensagem do pai. Ele publicou a foto de uma página em branco em que consta uma frase escrita à mão e assinada pelo presidente: “Quem esquece seu passado está condenado a não ter futuro”.
Segundo Carlos, a foto foi tirada pelo embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley. Também no Twitter, ele atacou a mídia ao dizer que a verdadeira mensagem deixada por seu pai no Museu do Holocausto “você não verá na imprensa desinformada”.