Militares “erraram muito”, admite governador do Rio, sobre execução de músico

Witzel disse que só decidiu se pronunciar agora porque, com a prisão preventiva, já há indícios suficientes de autoria do crime

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse hoje que os militares do Exército acusados de atirar contra um carro na zona oeste da capital fluminense, matando uma pessoa e ferindo duas, agiram de forma “incompetente e inapropriada”. Para ele, os militares erraram muito.

“Quando o Exército determinou a prisão, sinalizou que aqueles militares, de forma incompetente e inapropriada, erraram e erraram muito, vindo a assassinar pessoas inocentes”, disse Witzel.

Para o governador, o caso mostra que é preciso modificar os protocolos de patrulhamento do Exército. “Precisa, evidentemente, essa adequação para que não tenhamos mais esse tipo de erro”, disse, completando que o trabalho de dizer o que é suspeito ou não é função da polícia.

Nove militares foram acusados de efetuar os disparos, na tarde de domingo, contra o carro da família. O sambista Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, morreu no local. O sogro dele, Sérgio Araújo, que vinha no banco do carona, levou dois tiros e segue internado. A mulher de Evaldo e o filho, de sete anos, não sofreram lesões. Um pedestre, que tentou ajudar a família, também sofreu um disparo e permanece em estado grave.

Ontem, a Justiça Militar decretou a prisão preventiva dos militares. Segundo Witzel, ele só decidiu se pronunciar agora porque, com a prisão preventiva, já há, de acordo com o governador, indícios suficientes de autoria do crime.