O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje que decidiu não adotar o horário de verão em 2019. Segundo ele, a decisão se baseou em um parecer do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que apontou pouca efetividade na economia energética.
“Ele [ministro] trouxe um parecer 100% favorável ao fim do horário de verão. No parecer dele, [o horário de verão] não causa economia [de energia] para nós e mexe no teu relógio biológico, então atrapalha a economia, em parte. E só temos o que ganhar, no meu entender, mantendo o horário como está”, disse Bolsonaro, logo após participar da inauguração do espaço de atendimento da Ouvidoria da Presidência da República, no Palácio do Planalto.
No ano passado, estudos da Secretaria de Energia Elétrica (SEE), do Ministério de Minas e Energia (MME), em parceria com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), apontaram que em termos de economia de energia, a medida não vem sendo mesmo eficiente, já que os resultados alcançados foram próximos à “neutralidade”.
O horário de verão existe desde 1931, com o intuito de economizar energia, a partir do aproveitamento de luz solar no período mais quente do ano, e vinha sido aplicado no país, sem interrupção, ao longo dos últimos últimos 35 anos.
Normalmente, o horário de verão ocorre entre outubro e fevereiro, quando os relógios devem ser adiantados em uma hora, e vigora nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.