Em assembleia extraordinária realizada na manhã desta quarta-feira, os trabalhadores em educação da rede municipal de Gravataí decidiram retornar às salas de aula. Em greve desde o dia 25 de março, os professores retornarão às escolas nesta tarde, mas permanecerão em estado de greve e seguirão promovendo uma agenda de mobilizações junto à comunidade e à Câmara de Vereadores, onde o Projeto de Lei 19/2019 segue tramitando.
A categoria é contra a extinção do Ipag Saúde, que presta a assistência médica aos servidores da Prefeitura de Gravataí. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação sustenta que o projeto é ilegal e desrespeita o artigo 71 da Lei Orgânica de Gravataí. Além disso, a representação sindical deve pedir auditoria externa do Ipag Saúde e encaminhar mais um ofício ao Executivo solicitando mesa de negociação para debater o assunto.
A Prefeitura de Gravataí informou que a partir de quinta-feira todas as escolas funcionarão normalmente. A recuperação dos dias letivos vai ser tratada pela Secretaria Municipal de Educação diretamente com as instituições.
O Executivo voltou a ressaltar que retirou a parte da contribuição da Prefeitura, que é de 4,5%, e que o plano Ipag Saúde é usado por 2.948 servidores do total de 5.631, ou seja, pouco mais da metade. De acordo com o município, cabe aos servidores, através dos sindicatos, decidirem sobre a adesão a outro plano. Além disso, o rombo do Ipag Saúde pode comprometer os recursos do Ipag Previdência, esse sim de obrigação do município, porque cuida da aposentadoria dos servidores.