A quarta-feira foi promissora para a comitiva brasileira na Feira Industrial de Hannover, na Alemanha. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Porcello Petry, apresentou o Estado como potencial ponto de investimento para executivos da empresa alemã Pepperl+Fuchs. Representantes da Pepperl nas Américas mostraram-se otimistas com a possibilidade de empreender no território gaúcho, visto que as vendas de produtos da marca cresceram em torno de 30% nos últimos dois anos.
Petry considerou o encontro como “um importante primeiro passo” para uma eventual instalação da empresa no Rio Grande do Sul. “Nós estamos mostrando a eles, com nosso vídeo, que somos o segundo polo industrial do Brasil, com economia diversificada e propícia para que vendam e instalem uma fábrica por lá. Temos que ter um início (os diálogos), e eles concordaram”, disse o presidente. Agora, a Pepperl deve encaminhar uma correspondência com as reais intenções à Fiergs, carta que vai ser respondida pela entidade.
Atualmente, a Pepperl mantém escritório em São Paulo, mas ainda não avançou para uma eventual planta industrial em virtude da instabilidade econômica apresentada pelo País. Entretanto, os representantes da empresa se mostraram otimistas com o portfólio do Rio Grande do Sul. “Estamos no jogo?”, perguntei a Bob Smith, gerente da Pepperl para as Américas, ao que ele respondeu sem titubear: “absolutamente sim!”
A empresa foi fundada em 1945 e é a criadora da tecnologia de sensores indutivos, atuando no ramo de sensores industriais e métodos de proteção contra explosão. Hoje ela está presente em mais de 50 países e emprega 6,2 mil pessoas ao redor do mundo, tendo registrado mais de 670 milhões de Euros em vendas no ano passado. No Rio Grande do Sul, o maior cliente da Pepperl é a GM, em Gravataí.