Conselho Federal barra registro de alunos de Arquitetura formados em cursos EAD

Conforme nota do órgão, a modalidade não oferece segurança à sociedade

Pedidos de registro profissional de bacharéis em Arquitetura e Urbanismo formados em cursos com Ensino à Distância (EAD) não vão ser aceitos pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/BR). Conforme nota do órgão, a modalidade não oferece segurança à sociedade. Nenhuma das 28 unidades do CAU no país poderão realizar o registro de novos arquitetos e urbanistas que fizeram cursos à distância.

Conselheiros federais tomaram a decisão durante a 88ª Reunião Plenária do Conselho, realizada em Brasília no dia 29 de março. “O campo da Arquitetura e Urbanismo está relacionado com a preservação da vida e bem-estar das pessoas, da segurança e integridade do seu patrimônio e da preservação do meio ambiente, e, portanto, tem impactos diretos sobre a saúde do indivíduo e da coletividade”, ressalta o texto.

Segundo a publicação, modalidades à distância impedem experiências práticas específicas previstas no Código de Ética e Disciplina do CAU/BR, que determina que “o arquiteto e urbanista deve deter um conjunto sistematizado de conhecimentos das artes, das ciências e das técnicas, assim como das teorias e práticas específicas presenciais”. O conselho investigou denúncias, inclusive do Rio Grande do Sul, de estudantes que receberam conceito máximo em disciplinas práticas que não cursaram, como em Porto Alegre e Uruguaiana, por exemplo. As denúncias foram encaminhadas ao Ministério da Educação.

No Brasil, existem hoje 32 instituições de ensino autorizadas pelo MEC a oferecer 84 mil vagas de Arquitetura e Urbanismo em mais de 400 polos espalhados pelo Brasil. Já o número de cursos EAD funcionando, com turmas ativas, chega a nove, conforme o Conselho Federal.