O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), a prévia oficial da inflação, continua a subir e alcançou alta de 0,54% em março, o maior valor para o mês desde 2015, quando se atingidu 1,4%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porto Alegre teve o oitavo maior valor, com percertual igual à média brasieleira, enquanto Fortaleza (0,92%) lidera o ranking de regiões. O valor também é superior à previa e ao índice oficial de fevereiro, que foram de 0,34% e 0,43%, respectivamente
Para o cálculo, os preços foram coletados no período de 13 de fevereiro a 15 de março de 2019 e comparados com aqueles vigentes de 16 de janeiro a 12 de fevereiro de 2019. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
Alta generalizada dos grupos
Entre os grupos de produtos e serviços pesquisados, “Alimentação e Bebidas” foi o principal responsável pela alta, com avanço de 1,28%, ante 0,64% de fevereiro. O feijão-carioca, que tivera alta expressiva em fevereiro (34,56%), subiu 41,44%, contribuindo com o maior impacto individual no IPCA-15. Já o tomate, após uma queda de 20,32% em fevereiro, apresentou alta de 16,73%.
Já o grupamento dos Transportes, que havia caído 0,46% no mês anterior. Os dois principais impactos no índice de março ficaram com a passagem aérea (7,54%) e o etanol (2,64%). Destaca-se também o resultado de 0,73% dos ônibus urbanos, reflexo dos reajustes nas tarifa, incluindo a de Porto Alegre, cidade que teve o maior reajuste.
No grupo das Despesas Pessoais (0,22%), a queda de 0,51% no cigarro refletiu reduções ocorridas em determinadas marcas e áreas. As demais variações ficaram entre o 0,06% de Vestuário e o 0,38% de Saúde e cuidados pessoais. Apenas Artigos de Residência (-0,23%) e Comunicação (-0,19%) tiveram deflação de fevereiro para março.