Cais Mauá: entrega de área é adiada para setembro

O consórcio Cais Mauá do Brasil (CMB) afirma que em função do tipo de ambiente, surgiram imprevistos

Foto: Guilherme Almeida / Correio do Povo

A entrega de uma área provisória do Cais Mauá nas proximidades da Usina do Gasômetro, ficou para setembro. O lançamento, que seria realizado no aniversário de Porto Alegre, em 26 de março, havia sido anunciado em fevereiro, mas acabou sendo cancelado.

O “aperitivo”, como definiu o prefeito referindo-se à entrega parcial, não virá na data de aniversário da cidade, mas o consórcio Cais Mauá do Brasil (CMB) garante que o “Marco Zero”, como está sendo chamada a área, será entregue aos porto-alegrenses no segundo semestre deste ano. Conforme o CMB, responsável pelo projeto, “as intervenções em ambiente tombado com todas as suas restrições, e o surgimento de imprevistos estruturais na área, que exigem obras de esgoto, elétrica e hidráulica, impossibilitou tal entrega nesta data”.

Ainda segundo o consórcio, “os padrões de excelência internacional do projeto” são mais importantes do que a aceleração do cronograma de instalação. “Ele está sendo revisto e, brevemente, será divulgado”, informou o presidente do consórcio Cais Mauá do Brasil, Eduardo Luzardo, por meio de nota. Além das obras necessárias, de acordo com o CMB, os investidores do Marco Zero aguardavam a aprovação e o licenciamento do projeto para dar início aos trabalhos. Os documentos só chegaram aos investidores em 8 de março, o que inviabilizou a entrega no dia 26.

O Marco Zero, conforme Luzardo, deve ser inaugurado até setembro deste ano e está sendo considerado, pelo consórcio CMB, como um atrativo para novos investidores. Desta forma, será possível colocar em execução o restante do projeto. A instalação será composta por estacionamento e núcleos de gastronomia e entretenimento, cujas estruturas terão funcionamento em contêineres. No mesmo dia em que o prefeito anunciou a entrega da área provisória, Luzardo havia informado que a intenção do consórcio era que todos os armazéns estejam revitalizados em até quatro anos, ou seja, até 2023.

De acordo com o sócio-diretor de Riscos e Compliance da LAD Capital, gestora dos fundos do CMB, Luiz Felipe Terra Favieri, a LAD Capital enxergou uma oportunidade interessante no Cais. “O Cais vem de um estresse muito grande. Assumimos, implementamos um diagnóstico e verificamos falhas como falta de liquidez, de credibilidade e necessidade de ajustes contratuais”, explicou. Conforme Favieri, o investimento dos investidores no Marco Zero é de aproximadamente R$ 5 milhões. Em breve os detalhes do projeto do Marco Zero devem ser apresentados pelos investidores e pelo CMB.