A produção industrial nacional caiu 0,8% em janeiro, frente a dezembro de 2018, e teve recuo de 2,6% em relação ao primeiro mês do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela Pesquisa Industrial Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A desaceleração ocorreu principalmente pela queda em 13 dos 26 atividades de análise, sobretudo, nos produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,3%), que vinha em crescimento nas últimas duas medições.
Vale destacar também os resultados negativos assinalados por indústrias extrativas (-1,0%), máquinas e equipamentos (-2,9%), celulose, papel e produtos de papel (-2,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,8%), outros equipamentos de transporte (-5,1%), couro, artigos para viagem e calçados (-3,2%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-0,5%). Por outro lado, entre os treze ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior relevância para a média global vieram de produtos alimentícios (1,5%), de bebidas (6,1%) e de outros produtos químicos (3,6%).
Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital, ao recuar 3,0%, mostrou a queda mais acentuada. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,4%) e de bens intermediários (-0,1%) também assinalaram taxas negativas nesse mês. O setor produtor de bens de consumo duráveis (0,5%) apontou a única taxa positiva nesse mês.
Base 2018
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou redução de 2,6% em janeiro de 2019, com resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 26 ramos, 50 dos 79 grupos e 58,5% dos 805 produtos pesquisados. Os dois meses tiveram 22 dias úteis. Bens de capital (-7,7%) e bens de consumo duráveis (-5,5%) assinalaram, em janeiro de 2019, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (-2,9%) também apontou queda mais elevada do que a média nacional (-2,6%), enquanto o segmento de bens intermediários (-1,3%) mostrou a taxa negativa menos intensa.